28 de outubro de 2012

Ser TPD: qualidade, responsabilidade e bem-estar!



 Mais uma convidada escreve ao nosso blog, apreciem !  

por Sheila Oliveira Correa 

O Técnico em Prótese Dentária tem um papel fundamental na área odontológica. Com arte e técnica, juntamente com o Cirurgião-dentista, é capaz de devolver função e auto-estima aos pacientes. É uma profissão de grande importância e responsabilidade, pois necessita realizar todo um trabalho, sem contato com o paciente e somente com as informações que lhes são passadas.
Ser TPD é mais que habilidade e destreza! O profissional necessita de outras qualificações, conhecer legislação, direitos e deveres, saber seus limites de atuação e, principalmente, os cuidados que deve tomar com sua saúde, de sua equipe, dos clientes (os CDs) e os pacientes que receberão os trabalhos.
Vivemos num mundo onde, qualidade de vida está  diretamente relacionada com atividade laboral. Passamos a maior parte de nossas vidas no ambiente de trabalho e, este, deva ser agradável, limpo, organizado, o menos barulhento possível, com uma equipe comprometida com o sucesso dos trabalhos, mas acima de tudo livre de riscos.
Quando se fala em riscos, o laboratório de prótese dentária é um local que pode gerar muitos deles. Muitas tarefas são perigosas, mas os riscos podem existir ou não, e numa escala menor ou maior, caso não adotemos medidas de prevenção ou minimização destes.
E como prevenir estes riscos ou diminuí-los? Na escola! Isso mesmo! Na formação do profissional. Não vejo meio mais adequado... Não é comum na grade curricular das escolas a presença de uma disciplina que trate do assunto. Sou docente em uma escola técnica, em Santos, e além de lecionar Biossegurança para TSBs (Técnico em Saúde Bucal), leciono para TPDs. Foi e está sendo um desafio, pois o perfil deste profissional é um pouco diferenciado e, não é fácil fazer com que ele entenda que, tão importante quanto saber a melhor técnica de trabalho com porcelanas, é fazê-lo com segurança e tranquilidade. Para ele, muitas vezes, acaba ficando em segundo plano. 
Um dos pontos a ser discutido, é que quando se fala em trabalhar a disciplina Biossegurança para TPDs, devemos ter em mente que é uma abordagem totalmente diferente, uma vez que este profissional não tem atuação direta com o paciente, mas que indiretamente pode ocasionar o que chamamos de infecção cruzada, através dos trabalhos protéticos.
Além disso, os riscos de acidentes são iminentes e, para prevení-los, deve-se usar os EPIs adequados e manter instalações físicas de acordo com a legislação vigente.
Devemos cada vez mais valorizar a categoria, exigir que as instituições de ensino abordem, de alguma forma, estes assuntos, orientando os ingressantes nos cursos e atualizando os profissionais em exercício. Lembremo-nos, que a Educação Continuada é uma necessidade presente em qualquer categoria e os TPDs não poderiam ser excluídos.
É um trabalho de “formiguinha”, mas o importante é acreditar e não desistir. Afinal, o educador só é o que é, pois acredita que com informação, posturas são modificadas frente às diversas situações.
Falaremos mais sobre o assunto numa próxima publicação. Aguardem!!!



Dra. Sheila Oliveira Correa é bacharel em Odontologia, formada pela UMESP - Universidade Metodista de São Paulo.

Especialista em Saúde Coletiva pela Faculdade de Odontologia e Centro de Pós-graduação São Leopoldo Mandic.
Cirurgiã-dentista da Estratégia de Saúde da Família, na APS Santa Marcelina, em São Paulo.
Docente da disciplina de Biossegurança para ASBs, TSBs e TPDs.
Presidente da Comissão Interna de Biossegurança da Associação dos Cirurgiões Dentistas da Baixada Santista.

15 de dezembro de 2011

Como anda sua Qualidade de Vida.

por Erika Leite 
A sociedade atualmente levanta a questão “qualidade de vida”, sinônimo de bem estar, felicidade e prazer. Alertando  a necessidade de encontrar uma forma de equilibrar atividades, compromissos e metas sem gerar carga de  stress.
Como aplicar esta ideia no ambiente laboratorial onde exigências de prazo, produção, desenvolvimento técnico, aquisição de novas tecnologias, administração e marketing, treinamento em vendas e outras tantas habilidades são pedidas ao profissional técnico em prótese dentária dos dias atuais. Muito bem, temos mais um desafio, atrelar todas estas habilidades com a qualidade de vida.
Sabemos que disciplina e organização são elementos necessários ao tpd ,que além de trabalhar e evoluir profissionalmente, pensa ter uma vida pessoal também equilibrada, com tempo para sua família, hobby , momentos de distração e relaxamento.
Planejar diariamente atividades com nível de prioridade, (importante, urgente, necessário), trará condições de assumir o que realmente podemos humanamente produzir, podendo desta maneira ter tempo para adotar  atividade física que  dê prazer, afinal o  corpo precisa executar movimentos diversos, um tpd passa muitas horas sentado na mesma posição de trabalho, exigindo exaustivamente que determinados grupos musculares trabalhem repetitivamente, essa atitude a longo prazo, poderá trazer inúmeros desconfortos, dores, lesões por esforço repetitivo, bem como a possibilidade de desenvolver doenças que nos acompanharão na velhice..
Adotar medidas de prevenção e reeducação com visão de longo prazo, poderá .garantir uma aposentadoria com qualidade de vida., não é luxo relaxar e sim necessidade corporal e mental. 
Questione-se sobre os pontos levantados nestas linhas, verifique se sua vida esta andando em direção ao equilíbrio, analise: “vivendo pra trabalhar ou trabalhando para viver”, dê mais importância a sua saúde enquanto a tem, não deixe as coisas rolarem a uma situação fora de controle, mantenha o equilíbrio e seja feliz !



 Para finalizar deixo a seguinte reflexão : 
A vida é curta, por isso não faça dela um rascunho, pois pode não dar tempo de passá-la a limpo. (Christian Barbosa " A Tríade do Tempo").

3 de outubro de 2011

DERMATITE DE CONTATO – você ainda vai ter uma....se não se cuidar !

por Erika Leite

Dando continuidade ao projeto conscientização dos técnicos em prótese dentária, convidei o Tpd Waldir da Silva Barros a nos relatar sua experiência relacionada a Dermatite de Contato,que prontamente aceitou o convite. Leia abaixo : 

Sou Técnico em Prótese Dentária e atuo na área de ortodontia, confeccionando os aparelhos removíveis solicitados pelos dentistas. Assim como centenas de colegas, eu tinha um contato muito íntimo com Metacrilato de Metila. Aliás, íntimo até demais, pois mergulhava os dedos no monômero de metacrilato de metila para poder distribuir e alisar a massa acrílica sobre o modelo de gesso. Esse material é classificado como “material perigoso” e sua ação é irritante para o sistema respiratório e pele, além de inflamável. Pode provocar sensibilização em contato com a pele e esse efeito tem o agravante de ser cumulativo. Bingo !  Dermatite de contato se manifestando.


Exemplo de contato direto com Acrílico Auto Polimerizável



          Pois bem, depois de quase uma década de tanta intimidade, um dia a pele e as unhas da mão direita não suportaram mais. Primeiro surgiu um ardor e intensa coceira, que mesmo depois de lavar em abundante água corrente, não passou. Em poucas horas pequenas fissuras surgiram na pele e em poucos dias a epiderme se soltou, descascando toda a região das falanges distais, deixando à mostra a hipoderme. Naturalmente, suspendi o uso do material e entrei em contato com o fabricante. Achando que a fórmula havia sido modificada, eu indaguei sobre esse fato e soube que nada havia mudado. Lembrei-me de alguns colegas que tiveram uma reação alérgica por exposição a esse material e caí na real: sou mais uma vítima da inobservância de normas de segurança. Não usava EPI´s, não usava luvas, não usava uma técnica que evitasse o contato tão direto e íntimo com o metacrilato de metila.  




Foto do polegar do Tpd, em uma das fases da Dermatite de Contato

           Procurei orientação médica e fiz um tratamento longo para reduzir os efeitos, mas soube que nunca mais....isso mesmo...nunca mais deveria me expor ao material. Mas como fazer isso, se essa é a minha profissão?  O dermatologista me indicou luvas de nitrila, pois são específicas para contatos com produtos químicos. Na fase aguda, o tratamento durou mais de um ano, com aplicação de pomadas anti-histamínicas, anti-inflamatórias e cremes hidratantes manipulados sob orientação médica. Pensei em parar com a profissão e mudar de área, haja vista que o problema regredia e voltava de tempos em tempos, mesmo com a completa supressão do contato com o material. E tinha outro agravante: como as unhas se enfraqueceram fraturavam com freqüência, causando lesões secundárias que inflamavam. Também, e por causa da sensibilidade na pele nova que se formava, até colocar as mãos no bolso era arriscado, pois causava ferimentos na região.
          Hoje convivo com a Dermatite de contato, até que me dou bem com ela, a trato com respeito, afinal estaremos juntos até o fim da minha existência. Mas não dou chance para que ela se manifeste, pois sei bem do quê ela é capaz. Portanto, colega protético, não menospreze os EPI´s, use luvas de nitrila, use máscaras com filtros específicos, pois os efeitos também podem ser no sistema respiratório, causando danos muito mais sérios.     
          Proteja-se, pois você pode desenvolver uma dermatite de contato, se não se cuidar.


Waldir da Silva Barros é Técnico em Prótese Dentária pela Escola Alfredo José Balbi / UNITAU ,Especialista em Ortodontia pela SEAPRO - São José dos Campos/SP, Técnico credenciado VIPI/STG,Colunista do informativo Vipi news, Colunista colaborador do informativo APSORE.

Erika Leite : Agradeço imensamente a colaboração do colega Waldir pelo depoimento, acredito e torço para que muitos leitores tomem atitude em seu benefício próprio, não só quanto a  Dermatite de Contato, mas também  a todas outras possibilidades que estamos expostos em nosso dia a dia laboratorial. Lembrando a todos que tudo poderá ser prevenido e evitado desde que tenhamos conhecimento e ações de Segurança no nosso Trabalho.


5 de setembro de 2011

A Educação para Segurança na Vida do TPD deve começar na escola.

Por Lucimara Sertório 

É fato a grande importância que o Técnico em Prótese Dentária deve ter em relação à sua saúde quando se trata dos cuidados de manipular trabalhos e objetos em seu laboratório de prótese. Já está caracterizada essa contaminação por vírus e bactérias através de moldes e modelos provenientes dos consultórios odontológicos.
Na escola, damos ênfase à biossegurança, seja ela para ensinar nosso aluno os cuidados com a manipulação de moldes, modelos e peças protéticas que chegam dos consultórios, até o cuidado com eles próprios com a utilização de equipamentos de proteção individual como óculos de proteção, máscaras, luvas e até cabelos presos para não causar acidentes.
No primeiro módulo damos ênfase nas disciplinas de Biossegurança e Saúde a desinfecção dos materiais, ao uso e explicações de EPIs e EPCs, a ergonomia levando em conta a posição que o aluno e futuro profissional devem ter ao senta-ser em suas bancadas, como deve estar dispostos seus equipamentos sobre a bancada para melhor manuseio, a altura da cadeira correspondente à sua altura em relação à bancada e também exercícios de alongamentos para que não haja prejuízos em sua saúde em relação as lesões por esforços repetitivos (LER). No terceiro módulo, na disciplina de Gestão alguns conteúdos são revisados e aplicados no projeto multidisciplinar.
Sendo assim os alunos saem da escola com um grande conhecimento de como devem preservar sua saúde na profissão Técnicos em Prótese Dentária, levando em conta essa preocupação, terão grande êxito nas prevenções pessoais e também de seus clientes e consequentemente dos pacientes.


-      LUCIMARA SERTORIO
-      Tecnóloga em Prótese Odontológica Buco – Maxilo – Facial, formada pelo Instituto Metodista de Ensino Superior -1994
-      Especialista em Prótese Total pelo Senac – São Paulo - 2004
-      Pedagoga e Professora da disciplina de Prótese Total
-      Coordenadora do curso Técnico em Prótese Dentária do Instituto Polígono de Ensino, Santo André, SP;
-      Ministradora de cursos de Montagem de Dentes e Caracterização e Pigmentação em Prótese Total;
-      Especialista em cursos de Prótese na Educação à Distância
-      Consultora Técnica Odontológica da Dentbras

28 de agosto de 2011

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Agradecemos a APDESP BR pelo convite.